Oral / Poster Presentation
Fechamento do canal arterial no prematuro: estudo comparando a ligadura cirurgica e a oclusao percutanea com pratese Piccolo®.

Introdução: Historicamente o fechamento do canal arterial hemodinamicamente significativo do prematuro foi realizado com cirurgia. Recentemente as técnicas percutâneas com implante de próteses passaram a ser mais utilizadas no mundo. Objetivos: Comparar o fechamento percutâneo do PCA com uma série histórica de ligadura cirúrgica em uma maternidade de referência. Métodos: Estudo retrospectivo com análise dos dados de todos os pacientes submetidos ao fechamento percutâneo do canal arterial em pacientes prematuros. Para fins de comparação foi utilizada uma série histórica de ligadura cirúrgica do PCA realizada na mesma instituição. Os dados serão apresentados como média e desvio-padrão ou mediana e variações. Os grupos foram comparados com teste estatístico mais indicado e considerado p<0.05 como estatisticamente significativo. Resultados: De 2021 a 2022, 13 pacientes prematuros tiveram o canal arterial ocluído com implante da prótese Piccolo® (Abbott®) – (PIC). O grupo cirúrgico (LC) foi de 61 pacientes submetidos a ligadura cirúrgica do PCA de 2014 até 2021. A média de peso ao nascimento foi de 1120g ± 409 no PIC e 926g ± 380 na LC (p=0.06) e no procedimento foi de 1570g ± 573 no PIC e 1242g ± 545 na LC (p<0.05). A idade média foi de 32,5 dias ± 22,5 no PIC e 30,3 dias ± 12,5 na LC (p=NS). A mediana de tempo de ventilação mecânica após o procedimento foi de 15 dias (1-304) na LC e 8 dias (1-143) no PIC (p=NS) e o uso de O2 após o fechamento do PCA teve mediana de 73 dias (2-282) na LC e 27 dias (1-167) no PIC (p<0.05). O tempo total de internação foi similar entre os 2 grupos com 127 dias na LC e 112 dias no PIC (p=NS). Houve 2 óbitos na LC (3%) e nenhum no PIC (p=NS). Conclusões: O fechamento percutâneo do canal arterial no prematuro mostrou-se eficaz e com resultados similares ao fechamento cirúrgico. Houve menor uso de O2 após o procedimento no grupo percutâneo. Novos estudos com maior número de pacientes no grupo percutâneo e com indicação mais precoce devem ser conduzidos para avaliar os efeitos do menor uso de O2 no tempo total de internação, tempo de ventilação mecânica e, principalmente, no seguimento de longo prazo.